Realizada informalmente na Pousada Boto, a reunião marcou o início de uma série de encontros de lideranças que serão realizadas também com trabalhadores dos setores de transporte, pescadores e extrativistas, grupos de cultura, servidores públicos, líderes comunitários e outros grupos empresariais do município. Neste primeiro encontro, o vereador recebeu o apoio político dos empresários Pedro Paulo “Peu” Melo (MDB), Shirley Pedrosa (Solidariedade), Denis Barros (PSD), Inês Santos (PROS), Pedrinho Dutra, Roberval Fernandes, Elton Leno e do advogado João Batista.
“Estamos ouvindo as sugestões dos setores, as necessidades dos grupos de trabalho e das comunidades, para que a gente possa definir juntos o rumo que nós queremos para a nossa cidade”, diz o vereador Igor Barros, frisando a importância de trabalhar coletivamente para a construção de uma cidade sustentável, “com a devida valorização de nosso potencial turístico, das produções agropecuárias e extrativistas e sobretudo do atendimento às necessidades da população”.
No encontro, os empresários falaram sobre a necessidade urgente de se trazer recursos para o desenvolvimento de Salvaterra e da geração de emprego e renda na cidade. Criticaram o chamado “custo Marajó”, que implica na elevação do preço dos produtos comercializados na ilha, em função dos altos custos de transporte, mas reafirmaram que não é hora de reclamar do que passou, mas de avançar em uma nova política.
“Não é hora de criticar, nem fazer a velha política de reclamações e ataques. É hora de mudança, de progresso, de apostar no novo”, diz o comerciante Denis Barros. Ex-vice prefeito da cidade, ele destacou que não tem a intenção de apoiar quem não cumpre os compromissos firmados e ressaltou a importância de que a candidatura de Barros seja firmada na transparência das ações.
“O vice-prefeito não é uma figura decorativa. É um segundo-prefeito, que precisará assumir com muita responsabilidade o comando da gestão em alguns momentos e é também um dos principais canais de acesso da população à Prefeitura”, afirma Igor Barros. Segundo ele, a definição para a ocupação do cargo não está definida, “mas o importante é que somos todos filhos de Salvaterra, queremos resolver os problemas da cidade e já estamos todos juntos nesse momento”.
“Os dois prefeitos tiveram seus erros e acertos, mas agora é hora de ouvir o que a comunidade quer para Salvaterra. E pra que isso aconteça, o gestor tem que estar de fato presente na cidade e assumir o comando das ações, mas a população tem que ser ouvida. Se há reclamações, é necessário pelo menos ouvir e tentar corrigir o que está errado”, diz o vereador.
Autor de diversos documentos pedindo transparência nas contas da Prefeitura e defensor de investimentos na área da saúde e educação, o vereador tem acompanhado as atividades nas comunidades quilombolas de Salvaterra, em especial durante a pandemia de coronavírus. “Todas elas ficaram sem nenhuma assistência da Prefeitura durante os meses de maior isolamento social. É muito difícil ficar em casa quando faltam remédio e comida”, diz ele.
As reclamações do vereador contra falta de cuidado da Prefeitura com as comunidades de Salvaterra gerou inclusive um boletim de ocorrência, na Delegacia da cidade. O fato ocorreu no final de junho, quando o parlamentar foi surpreendido na Câmara com um pedido para prestar esclarecimentos na Delegacia. O motivo: uma servidora da Prefeitura prestou queixa contra ele por ter fiscalizado as atividades do Posto de Saúde da vila da Passagem Grande.
Entre as denúncias feitas pelo vereador, muitas ligadas à questão ambiental e ao patrimônio da cidade, estão aquela que culminou como o processo administrativo disciplinar (PAD) Nº 217/2019/GAB-Seduc e afastamento do ex-secretário municipal de Educação e Naudir Modesto de Assis; e uma denúncia contra o presidente da Câmara de Salvaterra, vereador Rui Herculano Rolim, “por não apropriação de encargos patronais previdenciário”, como explica Barros.
Comentários
Postar um comentário